11 de julho de 2011

Edição Especial VI - "Redes Sociais" e "Violência"

Redes Sociais


          Encontrar quem procura, o que procura e mais do que procura.
          Interagir com quem você conhece, ouviu falar ou nunca soube que existia. Aprender, ensinar, viajar, conversar, conhecer... Escrever o tempo todo em 140 caracteres ou uma vez ou outra um texto gigante que talvez só você e seu melhor amigo leia e entenda.

          Mostrar para o mundo todo quem você é ou criar um personagem completamente diferente de você através dos avatares!

          As Redes Sociais participam hoje da rotina das pessoas como ferramenta multifuncional.
          Curte?
          Então, seja bem–vindo a interagir na nossa edição deste mês!

Boa Leitura!
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**Evolução da transparência!**


          Vídeos da manifestação contra o alto preço do combustível, reportagens sobre os ataques homofóbicos em São Paulo, fotos de políticos pegos no flagra em ações criminosas. São apenas singelos exemplos das milhares de postagens que as redes sociais fazem chegar todos os dias aos olhos de um número cada vez maior de usuários. Sem choro nem vela, sem colher de chá, sem cortes para amenizar o impacto, essas mensagens estão mostrando que uma nova era chegou e é protagonizada por uma mudança fundamental de comportamento: a evolução da transparência.


          A máscara que qualquer um pode usar numa entrevista de emprego tem seus dias contados. Aqueles que conseguiam ludibriar e mentir para obter uma vaguinha devem ficar espertos com o acesso cada vez mais amplo que as empresas estão obtendo e usufruindo através do Linked In, Facebook, Orkut, Twitter, You Tube, Thumblr, entre outros. Não é mais raro se deparar com uma lacuna de preenchimento de seus endereços em mídias sociais nos formulários de cadastro, ao fazer entrevista em uma empresa. É uma maneira inteligente e fidedigna de saber quem estão contratando. É claro que é necessário muito tato não interpretar mal o que se encontra nas redes, pois a empresa deve se conscientizar que quem está invadindo um espaço é ela, portanto deve-se entender que algumas postagens de gostos pessoais, desabafos ou protestos não devem ser levados em consideração para definição da contratação. Aos poucos, com a experiência adquirida as empresas terão mais maturidade e know how para utilizar essa ferramenta, portanto, até lá, infelizmente alguns terão problemas em ser aceitos dependendo do nível de exposição e da maneira como se expressam nestes meios.


          Um outro ponto de vista, são as falcatruas políticas descaradas que conseguiam ser abafadas nos meios de comunicação. Hoje, assistimos a derrocada dessa possibilidade, através de vídeos, fotos e textos publicados por pessoas comuns, que ganham prospecção até mesmo internacional. Agora, qualquer pessoa pode comunicar abusos, situações no cotidiano em que a lei é desrespeitada, agressões ao patrimônio público, à cidadania, e mais uma infinidade de assuntos. Dessa forma, aquele funcionário público que ocupa um cargo que você nem imaginava que existia, pode filmar ou recolher provas de corrupção política dentro de seu ambiente de trabalho e publicar. Claro que ele corre um risco muito grande por fazer isso. Mas tomada a decisão, não há mais a chance de o meio de comunicação que ele procurar ser subordinado ou coibido. A postagem no Facebook, por exemplo, eleva a mensagem exponencialmente. Em questão de 7 dias, já pode alcançar todo o território brasileiro!

          O mundo ficou menor, com a chegada da internet, e agora o mundo de cada um de nós, as idéias, desejos, gostos, manias, experiências... ficaram maiores! O mundo pessoal ficou mais interativo. As pessoas comentam e dizem se gostam do que você pensa e da forma como você reflete e conclui situações cotidianas. O mesmo você pode fazer com cada contato que adiciona. O avatar, personagem virtual que corresponde ao seu perfil na internet, está mais semelhante ao seu dono. As mudanças de comportamento e o maior acesso às informações de maneira mais dinâmica e descontraída, ou ainda melhor, interessante, nos trazem uma era de identidade assumida sem medos, sem receios. Será que a transparência será contada no futuro como um dos maiores passos que o homem deu em direção à evolução?


Fikadika#
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**Hey?!? Tem Alguém aí?**
Por Fernando Resende - Participação Especial


Hey?!? Tem Alguém aí?
Tem alguém aí? Que me faça acreditar?
O silêncio certeiro traduz, com um soco na cara, a minha dúvida.
Faz tempo que não ouço o telefone tocar. Há muito tempo também, não encaro as horas, os minutos e os segundos, mas sei que eles estão ali,
continuamente consumindo aquelas lembranças sempre reviradas.
As longas risadas de outrora já perderam a intensidade e mesmo rodeado de pessoas imbecis me sinto protagonista de uma imbecilidade maior.
Desaprendi a sorrir?
Não me responda...

Hey?!? Tem alguém ai???

Resgato o cheiro bom de chuva na terra molhada e recordo do quanto sentia-me livre naquele simples instante onde NADA era TUDO.
Era o momento em que a minha infância era registrada descaradamente na vida.
O azulejo português que sustentava o caminhar daquela velha senhora, sempre me fez sonhar com um mundo de possibilidades infinitas
e justo ali eu me despia de todos os medos que a realidade me oferecia diariamente.


Ao tentar a fuga forçada de uma naturalidade chamada tempo, descobri que aos poucos me foi arrancado, bruscamente, uma parte do amor.
Vi a carne chegar aos ossos e a terra cobrir as flores jogadas no último Adeus...porquê?...porquê???


O barulho contínuo da metrópole, sufoca o som dos pássaros urbanos em suas respectivas árvores cinzas.
A natureza cala-se e dá passagem ao homem primata que em sua individualidade canta o capitalismo selvagem.
Eu, filho do caos, ainda como espectador, encaro cada movimento...subtraio-me.
Protagonista que sou...aquieto-me a observar.
Atravesso multidões, fantasio-me de NADA...desapercebo-me.
Torno-me ele e ela.
Sou aqui e ali.
Tenho medo de mim.


As folhas secas continuam sendo varridas junto com os restos do que fomos...
Mais um brinde por favor?
Sonhei com o amor por mais uma vez...

Amor?
Eu que sempre fui marcado pelo plural?
Eu que sempre fui beijos e palavras cultivadas na intensidade do agora?
Eu que sempre rasguei no verbo as verdades que me brotavam continuamente quando sorrisos sinceros batiam de frente com os olhos que sempre buscam?



Busco, desesperadamente busco e embriago-me com a vida!!!
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Violência





**ENTENDENDO A VIOLÊNCIA....**
Por Natalia Moreno Bacaro 


          A violência tem diversas vertentes. Podemos citar as violências derivadas das condições socias, como por exemplo, a fome, o desemprego, falta de moradia, em parte geradas pela urbanização acelerada, na qual há um crescimento desordenado das cidades. Podemos pensar na ânsia pelo consumo de bens e serviços, oferecidos pelas propagandas e marketing em geral, que muitas vezes, frustram a população que não está inserida no mercado de trabalho e almeja ter acesso. Podemos pensar na violência, daqueles que extraviam o dinheiro arrecadado dos impostos pagos pela população e que deveriam ser empregados em prol desta, mas que muitas vezes, não chegam ao seu destino. Há ainda, a violência gerada pelo cíumes, na qual os criminosos justificam seu crime, dizendo que “mataram por amor”. Mas não percebem que a fonte de todo o mal – que iniciou-se no cíumes – é oposta ao que prega a lei de amor, pois enquanto esta quer o bem do outro não importando a condição, o cíumes implica, em querer ser o primeiro lugar na vida do outro, fonte do egóismo, e ilusão, pois ninguém pode ser o único na vida de alguém; todos temos que dividir nosso amor em partes iguais, não só para o namorado(a), esposo(a), mas também para a família, filhos e amigos. A falta de médicos nos principais hospitais públicos do país, na qual ocasionam-se as mortes de doentes, pela ausência do pronto atendimento. Também podemos citar os casos, de negligência médica, e até mesmo discriminação nos hospitais, quando trata-se de atendimento a ladrões baleados, e ou idosos, quase sempre atendidos, não como seres humanos, mas como criaturas que não merecem piedade, no caso dos ladrões e criaturas que já estão com uma idade avançada, já viveram muito, no caso dos idosos. “Para que gastar com medicamentos, nestes casos, se tem tanta gente para atender?”. Indagações como estas, são cada vez mais comuns. E a falta de investimento em programas de políticas públicas de segurança? Ou melhor, a falta de fiscalização para os programas já criados? E assim, temos a sensação de injustiça e impunidade, que gera o sentimento: “a todo mundo faz, porque eu não vou fazer”? E isso gera, mais violência. 


          Temos a sensação que as únicas formas de fiscalização que realmente funcionam no Brasil, são as que se referem ao Imposto de Renda de Pessoa Física, e aos pedágios, instalados em diversas ruas e estradas do país. Mas nem estas, funcionam para todos....há sempre as exceções. 


          Enquanto não nos tratarmos todos com igualdade, fraternidade e liberdade, conforme prometidos no grito de Ordem e Liberdade, sinto que a violência não cessará. Claro que se pensarmos em cada pessoa, sabemos que não existe homogeneidade, cada um traz em si, suas crenças e ideais, e está em uma fase de sua evolução rumo ao auto desenvolvimento e conhecimento de si mesmo. Mas o fato é que devemos nos colocar em igualdade com as pessoas, buscando sempre compreender, ser indulgentes para com as faltas alheias e severos para com as nossas falhas. Creio que só assim, poderemos começar a dimunir as violências no âmbito geral. O grande problema é que cada indivíduo tem invertido isso, ou seja, coloca-se em diferença para com o outro, mas tem as mesmas atitudes baseadas na mesquinharia, no orgulho, no egoísmo, no interesse. Se cada um, se esforçar para inverter isso, colocando-se em igualdade para com o próximo, porém, tendo atitudes diferenciadas deste, baseadas no bem, mesmo quando recebe deste o contrário, ou seja, o mal, então começaremos a dar alguns pequenos passos, para mudar toda uma história. 


          Uma vez lí, que podemos aprender muito com uma caixa de lápis de cor. Alguns têm pontas aguçadas, alguns têm formas bonitas e alguns são sem graça. Alguns têm nomes estranhos e todos são de cores diferentes, mas todos são lápis e precisam viver na mesma caixa. E não é que podemos aprender mesmo? Transcendendo o pensamento, podemos verificar que a caixa de lápis é nosso Planeta Terra, que os lápis de cores, somos nós, cada indívudo que forma a sociedade e cada um de nós, traz um tipo de evolução, como o lápis de cor cuja ponta ainda está mais grossa, siginifca, o ser humano que ainda não foi lapidado, ainda vibra no mal, os de ponta mais finas, já começam a semear o bem, e nesta caixa, há as cores mais vivas, que são aqueles seres humanos que já trabalham no bem de alguma forma, seja um trabalho voluntário, seja exercendo a caridade moral para com aqueles que convivem com ele, no lar, no trabalho, na escola; e as cores mais escuras, que ainda estão voltadas para o “eu”, sempre de mau humor, ou justificando sua inação em prol da sociedade, dizendo que tudo é culpa dos governos, dos maldosos, mas não percebe que a maldade também está em si, pois somos todos iguais. E no final, verificamos que todos são lápis de cores, todos são seres humanos, vivendo na mesma caixa, no mesmo Planeta, então de qualquer forma devem respeito por essa caixa, e por aqueles que nela convivem.

Dez vias mais violentas e os tipos de crimes que mais ocorrem nelas:

Marginal Pinheiros
Roubos de carga, banco, residência, comércio, veículo, transporte coletivo, motorista e pedestre.

Avenida Marechal Tito
Latrocínio e roubos de carga, banco, comércio, escola, transporte coletivo, motorista, veículo e pedestre.

Avenida 23 de Maio
Latrocínio e roubos de carga, condomínio, comércio, transporte coletivo, motorista, residência, veículo e pedestre.

Av. Senador Teotônio Vilela e Av. Sadamu Inque
Roubos de carga, comércio, residência, escola, banco, transporte coletivo, motorista, ônibus, veículo e pedestre.

Avenida Giovanni Gronchi
Roubos de carga, banco, comércio, motorista, ônibus, veículo e pedestre.

Avenida Cupecê
Roubo de carga, comércio, escola, transporte coletivo, motorista, residência, veículo e pedestre.

Avenida Nove de Julho
Roubos de carga, banco, comércio, transporte coletivo, motorista, residência e veículo, pedestre.


Sapopemba
Roubos de carga, banco, comércio, transporte coletivo, motorista, ônibus, residência, veículo e pedestre.

Av. Eng. Armando de Arruda Pereira
Roubos de banco, comércio, transporte coletivo, motorista, ônibus, residência, veí¬culo e pedestre


Av. Pres. Tancredo Neves e Rua das Juntas Provisórias
Roubos de carga, comércio, transporte coletivo, motorista, ônibus, residência, veículo e pedestre

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**Vítimas, Vitimados ou Violentados?**
Por Renata Frizzarini
       V ilões                                                                              A fetam

                  I ntolerantes                                                I gnoram

                          O deiam                                    C alam

                                       L imites              N egam

                                                   E xcluem

          Você já foi ou se sentiu violentado? Existem pessoas que nem acabariam de ler a frase para responder um NÃO bem grande e sonoro, pois atualmente na nossa sociedade as pessoas chegam a ser discriminadas por serem vítimas de violência, ou deveríamos dizer que elas são duplamente violentadas (visto que a pessoa violentada não necessariamente é aquela que sofreu violência sexual, mas sim uma vitimada de qualquer tipo de violência)?


          É impressionante como uma palavra pode remeter a uma única coisa, mesmo possuindo diversos sentidos, a palavra violentado é uma delas. Na grande maioria dos casos pensamos em violência sexual, pois apenas nestes casos as vítimas recebem tal título em notícias propagadas na mídia, mas saiba você cidadão de bem, que sim, com certeza, você já se sentiu violentado quando teve problemas em seu transporte público, quando lidou com o descaso de autoridades diante de uma situação a ser resolvida, quando se ofendeu a ter um chefe gritando contigo desnecessariamente na frente de terceiros, quando se privou de algum tipo de atividade por medo devido à falhas em nosso sistema de segurança pública. Sim! Você também é uma vítima de violência, e muitas delas são diárias... triste, né?!


          Agora vamos pensar naquelas vítimas de violência as quais você provavelmente pensou ao ler a primeira frase deste texto. Sim, as vítimas de violência sexual. Por algum momento você já se imaginou na situação que estas pessoas passaram? Independente da idade que tenha o vitimado: criança, adolescente ou adulto, esta pessoa fica exposta de tal maneira que na maior parte das vezes chega a ter nojo e vergonha de seu próprio corpo, além de outras inúmeras conseqüências físicas, psicológicas ou comportamentais que a mesma pode vir a desenvolver após o ocorrido, como por exemplo, dores, inflamações e corrimentos nas partes genitais, além de DSTs, sentimento de culpa, sentir-se diferente, sentir-se marcado pelo resto da vida, depressão, fobias, assumir atitudes autodestrutivas, dificuldade de expressar sentimentos, especialmente o da raiva entre muitas outras coisas que a pessoa pode vir a sofrer...


          De acordo com wikipédia “Pesquisas demonstram que o perfil da grande maioria dos abusadores são homens heterossexuais e as vítimas são meninas. Segundo AZEVEDO e GUERRA (2000) os agressores sexuais de crianças e adolescentes que sofrem distúrbios psiquiátricos são uma minoria. São pessoas aparentemente "normais", com laços estreitos com a vítima. Pode ser uma pessoa da família, como pai, padrasto, avô, primos, tios, alguém conhecido e supostamente de confiança, como vizinhos, amigos dos pais, ou mesmo alguém com estatuto de confiança social (educadores, padres, pastores, etc.)”.


          Pode-se dizer que este é o tipo de violência mais antigo existente na face da terra, pois as culturas sempre cultuaram o homem como o forte, dominador, detentor do poder, ao passo que a mulher tradicionalmente foi tida como o sexo frágil, que devia se submeter às vontades e ordens do marido, ao ponto que temos contato (conhecimento) já na infância àquela típica ilustração do homem das cavernas carregando a sua mulher pelos cabelos com uma tora de madeira nas mãos.


          A solução? Esta é uma das mais difíceis, e começa com uma dose de mais amor familiar, seguida de atenção com as necessidades e atitudes dos que estão ao nosso redor, seguida de muitas doses de respeito ao próximo e se finaliza com uma fórmula ditada por Pitágoras - ‎"Educai as crianças e não será preciso punir os homens".
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**Vamos jogar do mesmo lado?**
Por Herbert Oliveira


          É inegável a paixão que o brasileiro tem pelo futebol e para quem ama um time, há poucas coisas mais entusiásticas do que assistir uma partida no estádio, torcer e vibrar cada gol marcado. Em muitas das vezes, esse amor surge em quanto ainda somos pequenos, incentivados pelos pais. Ir ao estádio deveria ser apenas um evento de entretenimento pacífico e seguro para os torcedores, mas infelizmente não é o que ocorre. Então fica a indagação do porque isso acontece e como resolver.


          São muitas as cenas de violência vistas em partidas de futebol, dentro e fora de campo, mas sem dúvida as mais impactantes são as causadas pelas torcidas, devido à ação em conjunto e ao uso de extrema agressividade e violência. Geralmente estas ocorrências são atribuídas às torcidas organizadas que, em sua grande maioria, são compostas por indivíduos do sexo masculino, na faixa etária entre 15 e 20 anos. Alguns estudos sugerem que parte destes jovens se filia a uma torcida por fatores socioeconômicos e culturais, jovens que por carência de amor e estrutura familiar, carência de serviços públicos de educação e saúde, familiarização com a violência e baixa expectativa de futuro, enxergam a possibilidade de participar de algo maior, participar de um grupo que lhes permita compartilhar das mesmas realidades, expressar seus sentimentos e se sentirem acolhidos.


          Devido aos fatores supramencionados, estes indivíduos possuem pouca ou nenhuma consciência social e percepção de existência do outro, tornando a violência um meio de domínio, auto-afirmação e até fonte de obtenção de prazer. Em confrontos com a polícia é comum, torcedores serem detidos portando armas (armas de fogo, bombas, facas e etc.), o que sugere a pretensão de se envolver em algum tipo de confronto. Existe ainda o agravante de que os envolvidos se sentem protegidos pelo “anonimato”, no sentido de que a ação foi do grupo e não do indivíduo, intensificando a violência dos atos. Embora nenhum destes seja justificável, qualquer motivo é um estopim para o confronto entre estes jovens, por exemplo, uma briga dentro de campo, um gesto obsceno do jogador para a torcida, o uso da força pela polícia, uma gozação do adversário, ente outras.


          Em meio a tudo isso, fica claro que não importa a quantidade de tempo, dinheiro e esforço gastos em segurança, o problema da violência não será solucionado enquanto não forem resolvidos os problemas das bases de sustentação da sociedade e do desenvolvimento dos jovens. É essencial, na formação do ser, que sejam inseridos os valores de respeito, amor e solidariedade ao próximo para que a realidade de hoje comece a mudar. Será que podemos contribuir de alguma forma? Sim, sem dúvida alguma podemos contribuir sendo propagadores destes valores, através das nossas atitudes.
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**Violência nas escolas? Polícia Violenta?**
Por Camila Serrano


As mostras de violência que vemos todos os dias nos noticiários, jornais, rádio, em todo tipo de mídia nos assusta ou já as tratamos como algo normal, ou seja, parte do dia a dia da sociedade?


Paremos para pensar na quantidade de pessoas que morrem todos os dias em confrontos com policiais. Ou em casos onde os policiais ao invés de fazer a sua parte exageram e acabam por maldade e puro instinto de violência, matando pessoas inocentes por engano, ou que sim cometeram erros, mas tinham que pagar da forma correta e aprender com isso.


Por outro lado as escolas; locais de ensino, aprendizagem, cultura e educação, tornam-se palco da falta de respeito, intolerância, maldade, agressões físicas, mentais e emocionais. E essas atitudes vêm dos alunos que tomaram o ótimo exemplo dos pais, professores e da mídia que ensinam às crianças um modo de vida cada vez mais egoísta e auto-suficiente.


Aonde vamos parar quando os dois maiores símbolos de esperança em uma sociedade, a polícia e a escola, estão completamente corrompidos pelos piores sentimentos e maus exemplos, como a inveja, agressividade, egoísmo, intolerância, orgulho próprio, teimosia, vingança, entre tantos outros?


Não sabemos exatamente o que vem acontecendo nas escolas onde se formam os policiais, mas vamos tomar atenção senhores policiais. Lembrem que vocês são os responsáveis pela paz entre os cidadãos e não por levar o terror, a guerra às conseqüências mais graves. Vamos tomar consciência do seu dever e deixar a soberba e a arrogância do poder conquistado para lá.


Poder mesmo, só Deus tem sobre todos nós. Vamos fazer a nossa parte e ensinar as crianças que o seu futuro pode ser digno e muito melhor do que o nosso presente!
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**Violência Urbana**
Por Luiza Bezerra


Atualmente, vivemos em uma redoma social e nos protegemos de tudo e todos!
De 57 países analisados numa pesquisa o Brasil é o terceiro país, onde mais jovens morrem por armas de fogo, atrás da Venezuela e Porto Rico. Não há mais liberdade para sair na rua, ou para crianças brincarem nela, entre outras coisas. Isso ocorre pelo fato de o crime organizado ter aumentado nos últimos anos, gradativamente. Devido a este fato, a insegurança aumentou e, como conseqüência disso, cresceu o número de homicídios, furtos, seqüestros e assaltos. Igualmente, houve o aumento de corrupção na polícia. Ao invés de proteger os cidadãos, ela se aliou aos criminosos para ganhar dinheiro e obter benefícios!


Com isso, esse grande problema social vai se transformando em uma enorme bola de neve. Culpa e displicência dos nossos governantes que não tomam uma atitude rígida. Sabemos que a mudança não ocorre de uma hora para a outra, porém, mesmo que o processo seja lento, é preciso fazer algo! É possível reivindicar por maior qualificação dos policiais; aumentar os seus salários e dar melhores equipamentos de trabalho, maior controle das fronteiras internacionais, pois é pela maioria delas que entram drogas e armas. Por último, é preciso que se faça a socialização das favelas, dando melhor qualidade de vida para as pessoas humildes. Com esse derradeiro tópico, estaríamos evitando a formação de novos marginais. É preciso dar dignidade a essas pessoas; assim elas seguirão um caminho de honestidade no meio social.


Ao falar tudo isso, recordo que também temos grande culpa, sim. Há pessoas que não votam com consciência e entregam nossas vidas aos “bandidos de colarinho branco”, os políticos corruptos e indignos. Por isso, vote com responsabilidade! Assim você estará contribuindo para diminuir a violência urbana e muitos outros problemas conseqüentes dessa grande corrupção. Outro ponto importante a ser lembrado é a falta de mobilização da população para resolver o problema, principalmente de nós, insulanos de classe média. Somos os principais afetados pelo problema, por sermos quem detêm dinheiro neste país e não pode pagar por segurança, ao contrario da classe media alta. O problema está em ver que aqueles que sustentamos no poder são o próprio problema. Já vi muitos dizerem: "Hoje em dia você não vota mais para escolher quem fará o melhor, mas sim pra escolher quem roubará menos.", o que é absurdo!
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**Violência**
Por Natalia Moreno Bacaro


Onde há interesse, certamente há disputa e nesta, um sempre perderá, para que o outro possa alcançar seu objetivo, tirando o devido proveito que almejava diante de determinada situação!


Essa é a regra do jogo, na qual os diversos atos violentos, os quais têm notícias diariamente, se alimentam. E essa regra só poderá ser quebrada quando as pessoas despertarem suas consciências no caminho do bem mútuo.


Ao invés de ocupar-nos com os costumeiros pensamentos “aonde o mundo irá parar desse jeito”; “está tudo perdido”; “como pode alguém fazer isso ou aquilo...”, vamos nos procurar em entender algumas coisas juntos. Pois sempre que compreendemos uma situação, e a aceitamos como verdade, não mais sofremos com ela e/ou por ela e aprendemos a não julgar; deixando de ser críticos para tornarmos analíticos e acima de tudo, vivenciar a busca incessante de autoconhecimento para não cometer os mesmos erros:


- É a mãe que largou o filho na lata do lixo...


- As guerras entre os povos....


- Falta de médicos para atender nos principais hospitais públicos do país...


- Casais que matam por “amor”...


- Acidentes de trânsito...


Todos esses acontecimentos são tipos de violências, pois na definição do dicionário da Wikipédia, violência refere-se à ação violenta que por sua vez é definida como algo que atua com força ou grande impulso; algo que é agitado; tumultuoso; algo contrário ao direito; à justiça.


Pela própria definição percebemos que os “violentos” agem por impulso, e não respeitam o direito do outro. Como mudar isso? Colocando mais policiamento nas ruas? Tendo mais fiscalizações para as pessoas não beberem tanto e matarem as outras no trânsito?


Que bom seria se fosse simples assim....Na verdade tudo isso pode ajudar, mas há um ditado sábio que diz “ninguém muda ninguém, se a pessoa não quiser mudar”. Os locais que fazem terapia para viciosos de drogas e bebida não conseguem ter nenhuma eficácia, se os assistidos, não estiverem realmente dispostos a mudar. Da mesma forma, podemos encarar outros tipos de vícios, que nem sempre são divulgados, mas que são os principais “culpados” pelas faltas graves que temos tido notícias. É o vício da mentira, de desrespeitar os outros e tudo começa com a desobediência aos pais, desrespeito a hierarquias – começando por pai e mãe, no lar, depois ao falar mal dos que estão no comando (presidentes e políticos), depois chefes (batendo de frente com esses) e daí para desrespeitar o amigo, ou melhor, o “inimigo” é um pulo, pois não teve educação lá atrás... Daí, a matar a namorada, são dois segundos, pois já não tratava bem a própria mãe, que dirá na primeira adversidade com alguém que não é da família...


E nessa mesma linha, poderíamos citar tantos outros crimes. A mídia mostra aqueles que já foram às últimas conseqüências, mas o que quero chamar atenção é ao início de tudo. Aos crimes que não são notícias, mas ocorrem diariamente. Às vezes, no ônibus vejo adolescentes brigando com seus pais por celular; pessoas que não respeitam os assentos dos idosos...mas isso é crime? Para mim é falta gravíssima, porque daí é que geram várias outras atitudes que lá na frente podem culminar em atos hediondos.


Dessa forma, percebemos que seja lá qual for o nome que se dá ao ato violento, o fato é que tudo iniciou no “interesse pessoal”, que está intimamente atrelado às duas chagas da humanidade: o egoísmo e o orgulho. Destes, geram os demais sentimentos: ciúmes, traição, vaidade etc.


“Matar por amor” acredito que seja o inverso, matar por falta desse, matar por ciúmes, que por si só trata-se de uma disputa. Ou seja, o ciumento disputa a atenção da pessoa que ele está do lado, porque quer ser prioridade na vida desta, mas tudo isso é fruto da ilusão, que começou no egoísmo (= pensar 24h em si, na sua felicidade apenas), pois antes de alguém estar com você, esse alguém tem família, tem deveres a cumprir, seja na sociedade, seja na profissão, ou seja, é impossível, ser prioridade na vida dele.


E em meio há tantos sentimentos baixos conflitando em nosso ser, esquecemos de cultivar a paciência, a indulgência que é estar apto a perdoar as falhas do próximo a todo e qualquer instante, a abnegação. Para quê né? É mais fácil revidar ou criticar um erro, do que ser indulgente. É mais fácil usar de sarcasmo, ironia, ao invés de silenciar-mos diante das ofensas, é mais fácil disputar do que exercitar a mansuetude e resignação, ou seja, aceitação, entendendo de uma vez por todas que “o que é nosso vem ao nosso encontro”. Mas NÃO....pensa-se o inverso, “eu tenho que conquistar”, “eu tenho que ter o comando”....é tão comum ouvirmos: “Eu sou assim mesmo, não vou mudar”, e a pessoa não percebe que acaba se afundando em colheitas de sofrimentos mais tarde. Mudar de atitude dá trabalho, requer esforço, perseverança, boa vontade e acima de tudo coragem!


Quantas vezes já não nos vimos desesperados diante de uma situação, sem saber como resolvê-la? E nessa hora, se não tivesse alguém para nos dar sustentação, auxiliando na resolução, como será que teria sido o desfecho? Ninguém vive sozinho neste mundo, precisamos uns dos outros... Então porque, mesmo assim, negligenciamos algumas situações que acontecem a nossa volta?


Será que a mãe que largou o filho na lata do lixo, esta já não foi à última conseqüência do seu desespero? Talvez não tivesse ninguém para apoiá-la a fazer o contrário? E quando vemos alguém tentando se matar, e automaticamente julgamos “se quisesse se matar, já teria feito...”; “porque não se mata logo?”. E ainda assim, queremos ser felizes, viver em paz, em um mundo sem violência. Parafraseando o Luciano Huck: “Conselho ajuda, mas EXEMPLO arrasta”. E arrasta para o bem ou para o mal, tudo depende de que tipo de exemplos estamos deixando para as pessoas.


E nosso pensamento, não é um tipo de violência? E nossa inação, diante de tanto trabalho voluntário a ser feito; não seria também um ato de violência? E os acidentes de trânsito, não seriam também um ato de violência, de atentado contra a vida?


Se tivéssemos a consciência de saber quão difícil é aprender sem errar, saberíamos desculpar os desacertos tanto como esperamos tolerância para com os nossos.


A violência só cessará quando pararmos de cometer pequenos atos violentos diariamente em nossas próprias vidas. Saiamos da concha do “eu”, de pensar 24h em si. Vamos tentar amenizar os problemas dos outros, começando pelo nosso silêncio e compreensão. Depois com um pouco de bom senso e vontade de servir, a todo e qualquer instante, seja através de um “bom dia”, de uma “tolerância no transito diante de uma fechada”, da compreensão do mau humor de alguém, da ingratidão de alguém, da obediência e respeito às hierarquias, pessoas etc.


É nosso dever não praticar o mal, entendendo esse mal, nos pequenos gestos diários, ajudando os menos favorecidos e não agredindo os que estão a nossa volta.


Por fim, vamos compreendendo que acreditar que o mundo está perdido, que é o fim de tudo, é assumir que estamos inativos, sem esperança porque esse sentimento é reflexo da nossa própria inação. É só começar a servir, que perceberá que tem muita gente boa trabalhando nesse sentido. Se aprendermos a silenciar diante das faltas alheias, não há tempo para pensar no mal que está acontecendo, porque estaremos empenhados em eliminar o mal que há em nós.


Acredito que só dessa forma, é que poderemos mudar a questão da violência. Eliminando o interesse e a disputa, elimina-se a violência.

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A menina que calou a ONU...